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PubMed-por:26229771 JSONTXT

OBJETIVO: verificar se a curva laboratorial hemática deve ser o único preditor de transfusão sanguínea pós-operatória em artroplastia total de quadril (ATQ). MÉTODOS: amostras laboratoriais sanguíneas de 78 pacientes consecutivos submetidos à ATQ foram analisadas em cinco em períodos distintos (um pré-operatório e quatro pós-operatórios). Verificou-se a contagem de hemoglobina, hematócrito e plaquetas desses pacientes. Foram analisadas características antropométricas e comportamentais e comorbidades referentes à amostra, para verificação de fatores de risco associados à prática transfusional. Os indivíduos do estudo foram divididos em dois grupos: aqueles que receberam transfusão sanguínea foram alocados no Grupo 1 (G1) e os que não a receberam, no Grupo 2 (G2). As condutas transfusionais respaldaram-se dos critérios da Academia Americana de Anestesiologia e da Sociedade Britânica de Hematologia. RESULTADOS: receberam transfusão de hemoderivados 27 (34,6%) pacientes. As análises das curvas de hemoglobina, hematócrito e plaquetas entre o G1 e o G2 nas cinco visitas distintas foram similares (p > 0,05). Todos os fatores de risco analisados, com exceção da etnia, não apresentaram repercussões nos índice de transfusão em suas análises com valor p > 0,05. A soma das comorbidades clínicas associadas aos pacientes no G1 foi mediana de 3 (IC 95% 2,29–3,40), enquanto no G2 a mediana foi 2 (IC 95% 1,90–2,61) com valor p = 0,09. CONCLUSÃO: a curva hemática apresenta confiabilidade limitada quando usada como parâmetro exclusivo e absoluto. A existência de pacientes tolerantes às variações da curva hematimétrica pressupõe que as suas avaliações de caráter clínico, funcional e de comorbidades sejam parâmetros que devam influenciar na decisão do uso de hemoderivados.

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